Vou abordar nesta postagem um tema que tenho acompanhado bastante no consultório e na escola, a disfemia, mais popularmente conhecida como gagueira.
O primeiro profissional a ser indicado neste caso, é o fonoaudiólogo, só ele pode fazer uma avaliação detalhada com relação ao problema, e se necessário indicar outro profissional.
Quando uma criança com gagueira é indicada para tratamento psicológico, isso significa, que questões emocionais estão contribuindo para a evolução do quadro.
O distúrbio traz uma carga emocional muito grande, gerando vários sentimentos de ansiedade, medo, frustração e vergonha.
Que em geral são causados:
- Pela dificuldade que a criança tem, de se fazer entender;
- Pelo esforço canalizado na tentativa de terminar a frase;
- E a cobrança natural, criada pelo próprio convívio com outras crianças, e que na maioria das vezes agrava o quadro.
Que em geral são causados:
- Pela dificuldade que a criança tem, de se fazer entender;
- Pelo esforço canalizado na tentativa de terminar a frase;
- E a cobrança natural, criada pelo próprio convívio com outras crianças, e que na maioria das vezes agrava o quadro.
Por isso precisamos ter paciência, e deixar a criança concluir a frase, nunca acelerar o processo falando por elas, também não devemos enfatizar a dificuldade, e muito menos expô-la a situações que precise falar em público, ela precisa se sentir aceita, respeitada e amada.
O aconselhamento deve incluir família e escola, para que todos possam agir em consonância.
Através do tratamento psicológico, diminuímos a ansiedade da criança e criamos mecanismos para que ela se sinta segura e tranquila, afastando assim, os efeitos emocionais na evolução do quadro.
Na primeira infância, eventualmente, pode surgir uma gagueira que aparece e some de forma espontânea:
- Na idade de 2 a 3 anos a criança está desenvolvendo a fala, mas sem o domínio da língua, portanto, é normal episódios de gagueira, que chamamos de gagueira fisiológica e que passará com o desenvolvimento da criança. Quanto menos a gente chamar atenção, mais rápido esses episódios passarão.- Na escola eventualmente, surgem situações de gagueira, causadas por acontecimentos que geram ansiedade ou medo na criança. Neste caso, existe uma ansiedade enorme em falar, e por conta disso a fala fica quebrada, dando uma leve sensação de gagueira. Isso acontece muito com crianças pequenas entre 2 e 3 anos, que estão começando com a linguagem oral e ainda construindo ideias.
Mas também existe a gagueira orgânica, e neste caso o tratamento e a evolução do quadro, estarão diretamente ligados a extensão do problema da criança.
Sabemos que o quanto antes identificamos uma dificuldade e começamos a tratá-la, maiores são as chances de melhora, portanto, como não podemos ter certeza a que grupo a criança pertence, a indicação precoce acaba sendo a melhor opção, mas fiquem atentas a 3 características básicas no bloqueio de fala da criança:
- A frequência dos bloqueios, a severidade e o momento em que eles aparecem. Estas 3 características vão nortear o diagnóstico e tratamento.