Tempos Difíceis: Reflexões sobre os Desafios da Juventude Contemporânea
É comum nos questionarmos sobre o que se passa na mente de crianças e adolescentes que cometem atos tão graves. No entanto, a pergunta mais pertinente talvez seja: O que falta no coração dessa juventude? Vivemos tempos em que questões como a terceirização da educação, a falta de limites, problemas de saúde mental, bullying e a ausência da presença familiar desempenham papéis significativos no desenvolvimento emocional dos jovens.
A resposta, embora simples, é frequentemente negligenciada: Falta a internalização de sentimentos de amor. De alguma forma — e aqui é válido refletir — esses jovens não se sentem amados ou cuidados de maneira consistente e genuína.
A decisão de ter um filho vai muito além de "protocolos sociais" ou do desejo pessoal de ser mãe ou pai. Envolve, principalmente, a capacidade de amar incondicionalmente outro ser humano: o filho. Esse amor incondicional é a base para o desenvolvimento de uma personalidade forte, capaz de lidar com os desafios da vida e de preservar a saúde emocional diante de adversidades. Quando crianças e adolescentes se sentem amados, acompanhados e cuidados, desenvolvem resiliência emocional, o que lhes permite enfrentar frustrações, dificuldades e rejeições de maneira saudável.
Por outro lado, a ausência de afeto e cuidado gera fragilidade emocional, tornando-os mais suscetíveis a pensamentos negativos, o que pode resultar em alterações comportamentais ou até mesmo em psicopatologias mais graves.
Diante disso, é essencial que reavaliemos as estruturas familiares no contexto atual, compreendendo os desafios e necessidades das crianças e adolescentes para que possam crescer de maneira equilibrada e emocionalmente saudável.