É no brincar, no faz de
conta, no desenho, nos jogos, na aplicação de testes e na conversa, que
acessamos os conteúdos internos da criança.
Chamada de “sessão lúdica”, esse modelo de trabalho utiliza-se da caixa lúdica para fazer percepções sobre a criança, onde são avaliados os seguintes aspectos: a inter-relação que a criança estabelece com o desconhecido e o tipo de obstáculo que emerge dessa relação, aspectos relacionados à função semiótica da criança, por meio de símbolos onde podemos verificar o nível dos processos acomodativos e assimilativos e uma leitura dos conteúdos manifestados pela criança em relação aos aspectos afetivo-emocionais, relacionando-os com a aprendizagem.
As crianças são uma esponjinha e por conta disso família e escola são parceiros na terapia infantil, a todo momento os pais e educadores da criança poderão contribuir com informações que considerem importantes. Da mesma forma o terapeuta poderá solicitá-los.
Sessões de orientação aos pais vão acontecer durante o tratamento.
Nas brincadeiras a criança
se sente livre e tranquila, colocando para fora aquilo que a incomoda.
Desta forma o psicólogo
interpreta o brincar da criança, decodificando os símbolos representados na
brincadeira e seus significados, chegando assim a origem do sintoma.
Antes de dar início ao
tratamento, precisamos fazer o ludodiagnóstico, a entrevista com os pais é fundamental,
é neste momento, que a queixa principal é relatada, também é possível
perceber características da família, antes de iniciarmos a avaliação da
criança.
Nas primeiras sessões
analisamos a criança através de testes, jogos e brincadeiras específicas, que
vão variar de caso a caso de acordo com a necessidade, sempre levando em
consideração que a criança é reflexo da família e de tudo que gira ao seu
redor, desta forma, mapeamos a queixa principal.
A ludoterapia pode ser
usada para tratar transtornos psicológicos e problemas de comportamento.
Algumas brincadeiras
permitem mais projeção do que outras. Exemplo: Na brincadeira de casinha é
possível estabelecer facilmente algumas interpretações, tendo em vista, que a
criança projeta o seu dia a dia nos bonecos, já nos jogos (dependendo do
jogo), não é possível tanta projeção, pois, os jogos são repletos de
normas e regras diminuindo a liberdade de expressão da criança.
A ludoterapia surgiu com a
clínica psicanalítica infantil, através das descobertas da psicanalista
austríaca Melanie Klein, que criou a técnica do brincar.
O uso da técnica do brincar
tinha como objetivo, obter material para a interpretação e elaboração de
conflitos psíquicos.
Com o desenvolvimento da
clínica psicanalítica infantil, a terapêutica do brincar passou a ser vista de
forma mais ampla, permitindo que a criança, através dos jogos e brincadeiras
libere toda a tensão, frustração, insegurança, agressividade e medo, sem que se
dê conta de que todos esses sentimentos estavam guardados.
As crianças são uma esponjinha e por conta disso família e escola são parceiros na terapia infantil, a todo momento os pais e educadores da criança poderão contribuir com informações que considerem importantes. Da mesma forma o terapeuta poderá solicitá-los.
Sessões de orientação aos pais vão acontecer durante o tratamento.