Quem nunca presenciou nos seus filhos ou alunos, crises de choro, gritos, empurrões, chutes, arremessos de objetos e até comportamentos de se jogar no chão?
Normalmente
essas manifestações ocorrem diante de alguma contrariedade, contudo, precisamos
ficar atentos com relação ao contexto em que se dão e sua frequência.
Muitas
vezes os pequenos reagem de forma intempestiva, dada a sua imaturidade para
compreender as situações e regular suas emoções, portanto, precisamos ajudá-los a reconhecer seus sentimentos e
canalizá-los de forma adequada.
Por
isso, neste texto, vamos abordar o sentimento de raiva, e de que forma, podemos ajudá-los nesse processo, que faz parte do desenvolvimento infantil.
Estes comportamentos são mais comuns do que se imagina, pois, crianças pequenas estão descobrindo o mundo e testando as possibilidades, é a fase da introdução dos valores e parcial compreensão a respeito do que é certo e errado. Sendo assim, isso torna nosso papel enquanto pais e educadores de extrema importância, pois somos os adultos da relação e precisamos conduzir essas reações da melhor forma possível, considerando as características particulares de cada núcleo familiar. Não existe uma receita, o que pode dar certo e ser bom para uma família, não necessariamente será para outra.
Em
primeiro lugar, precisamos identificar a origem do sentimento. Nós adultos
temos uma tendência natural a considerar irrelevantes, alguns comportamentos
infantis, como se não tivessem muita importância.
Abaixo
listo uma série de eventos que podem gerar na criança o sentimento de raiva,
são eles:
1 –
Fase do limite, neste período, a criança testa todas as suas possibilidades, e
em contrapartida é contrariada em muitas situações, reagindo de forma explosiva
a essas negativas. Lembrando que são imaturos no reconhecimento das
circunstâncias e de seus próprios sentimentos.
2 –
Outra possibilidade é quando há alguma novidade em casa ou algum problema. Pode
ser a chegada de um irmãozinho, mudanças de casa, perda de entes queridos,
separação dos pais etc.
3 –
Quando não estão com suas necessidades básicas supridas, por exemplo: quando
estão com fome ou sono, podem acabar ficando irritadiços.
4 –
Indisposições físicas, também levam a sentimentos e reações de raiva.
5 – E, menos comuns, mas, não raros, estão os problemas comportamentais, emocionais e neurológicos.
Por isso, sempre que seu filho ou aluno apresentar sentimento de raiva, investigue o contexto, ele pode estar relacionado a pequenos fatos do dia a dia, normais da imaturidade, mas também, podem representar questões mais profundas, que necessitarão de acompanhamento.