Filhos felizes e interessados ou apenas preparados?

     Nesta postagem vamos abordar as mudanças em nosso modelo educativo para que todos os alunos tenham um ensino de qualidade, vivemos hoje um conflito em nossos métodos educacionais, nos levando a pensar o que de fato seria a pedagogia ideal.
E de uma maneira bastante idealista chegamos à conclusão, que precisamos abandonar nossos sistemas padronizados, que visam uma educação quantitativa, deixando de lado as múltiplas inteligências. É necessário analisar o que ensinamos aos alunos e de que forma ensinamos. Devemos permitir que o conhecimento aconteça através de algo que gera o interesse do educando, saindo de um sistema em que o professor transmite a informação, cabendo ao aluno apenas absorvê-la. Precisamos buscar em cada educando suas experiências e desejos, sabendo identificar suas habilidades e potencialidades, ao invés de focar nas dificuldades.
Para isso necessitamos de professores entusiasmados pela profissão e que vão à busca das necessidades dos seus alunos, trabalhando dentro e fora de sala de aula, trazendo a família para a escola e entendendo seu estilo de vida.
Devemos permitir ao aluno reconhecer o assunto de acordo com seus interesses, níveis emocionais, cognitivos e psicomotores. Tornando a escola um lugar para expressar sua criatividade, desenvolver suas aptidões e formar cidadãos. Lugar onde as ideias se constroem e que prepara o aluno para a vida.
     
Vou usar como exemplo a escola em que trabalho, atendemos a Educação Infantil, trabalhamos com uma proposta construtivista, utilizando modelos naturalistas e interacionistas como forma de aprendizagem. Uma grande preocupação da mãe, diz respeito a alfabetização do seu filho, pois, cada vez mais as escolas exigem conhecimentos específicos, que serão testados antes da entrada da criança na instituição. Diante disso ficamos reféns de um modelo educacional cujo objetivo é provar a quantidade de coisas que a criança sabe, e não a qualidade dos conteúdos aprendidos.
Procuramos mesclar nosso trabalho com aquilo em que acreditamos, sem deixar de lado as exigências escolares. Por isso digo que a reforma educacional deve ser geral.

     O ideal seria que a educação profissional ocorresse após a formação básica do indivíduo, primeiramente precisamos dar condições para que ele se forme enquanto ser humano e não como profissional. Precisamos estabelecer valores e sentimentos, permitindo que a criança( futuro adulto), se torne uma pessoa capaz de fazer suas próprias escolhas.
A educação fica no coração o adestramento na memória, e nossa memória funciona de acordo com os nossos interesses.
Nas empresas podemos direcionar os funcionários para cargos e funções que se baseiem muito mais nos interesses e habilidades do indivíduo do que propriamente na formação.
Quantas pessoas conhecemos que estudaram para determinado cargo ou função, e acabaram por se dedicarem a suas habilidades e interesses. A formação profissional não é garantia de sucesso profissional e muito menos de felicidade.

O que queremos? Filhos felizes e interessados ou apenas preparados?

Leiam também: